top of page
OBESIDADE

A obesidade é uma doença crônica que está relacionada como causa direta de doenças graves.

 

É determinada a partir do índice de massa corporal (IMC) do indivíduo, esse índice é calculado dividindo peso em quilogramas pela altura ao quadrado. Peso (kg)/altura² (m). A pessoa é considerada obesa quando o seu índice chega a valores acima de 29,9 kg/m². Esses valores são definidos pela OMS (organização mundial da saúde) segundo a tabela abaixo.

As pessoas obesas tem maior risco de consequências adversas à saúde em relação aqueles com sobrepeso. O aparecimento de doenças relacionadas à obesidade, tal como diabetes, começa a aumentar a partir de calores de IMC abaixo de 25 kg/m².

 

A obesidade é causada por uma ingestão excessiva de calorias em relação ao gasto diário ou por um longo período de tempo. Muitas vezes fatores ambientais são os grandes responsáveis por esse aumento do consumo de calorias e a dificuldade em gasta-las. Por exemplo, mais refeições são agora realizadas fora de casa (fast food) e a atividade física diária tem reduzido por causa do estilo de vida sedentário e atividades do trabalho.

 

A obesidade causa muitas complicações médicas graves que alteram a qualidade de vida e que levam ao aumento da morbidade e da morte prematura. Podemos destacar a Diabetes Melito tipo 2, hipertensão arterial, doença coronariana, osteoartrite, gota, doenças pulmonares, câncer, catarata dentre outros. Essas doenças são ilustradas na imagem a baixo.

TRATAMENTO

O tratamento mais indicado para a obesidade é a perda de peso pela regulação do consumo de calorias, atividade física, tratamento medicamentoso e em casos extremos o endocrinologista opta por realizar a cirurgia gástrica.

 

O procedimento conservador que inclui o controle de calorias, atividade física e medicamentos tem que ser acompanhado por um nutricionista, educador físico e um endocrinologista respectivamente. A atuação desses profissionais de suma importância para que o paciente tenha redução significativa de peso e que mantenha essas perdas para uma vida mais saudável. Além de ser necessário a intervenção de psicólogo para que a pessoa tenha uma aceitação de suas limitações e que ela necessita daquele tratamento para a promoção de sua saúde e bem-estar.

 

Recentemente, um guia prático para o manejo do sobrepeso e obesidade foi desenvolvido pela Agencia Norte Americana de Estudos sobre a Obesidade, em conjunção com o Instituto Nacional da Saúde (EUA). Segue as diretrizes elaboradas por eles:

 

  • Seguir uma dieta com baixo teor calórico (1.300 as 1.400 kcal/dia) e gordura (aproximadamente 25% das calorias como gordura);

  • Fazer regularmente, em altos níveis, atividade física (gastando aproximadamente 2.800 kcal/semana, o que equivale a caminhar no mínimo 6 Km/dia);

  • Monitorar a ingestão alimentar e a atividade física;

  • Verificar regularmente o peso.

 

O manejo do peso é um componente essecial no tratamento de paciente com sobrepeso ou obesidade com diabete melito tipo 2, principalmente se eles dependerem de medicação hipoglicemiante. Pois, a administração dessa medicação incorreta pode atrapalhar a perda de peso do indivíduo e muitas vezes um pouco de gordura que essa pessoa perde pode fazer com que ela não precise utilizar essa medicação.

A baixo um relato sobre obesidade por uma psicóloga, Bianca Capobiango de Vasconcellos Amaral – CRP 04/26767.

 

"De acordo com o CID 10 (Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento; 1993; p. 294), o ganho de peso anormal tem como classificação R 63.5.Levando em consideração o Colégio Brasileiro de Cirurgia digestiva, pode existir um fator genético, mas nesse caso é válido verificar se um ou mais membros da família apresentam o mesmo problema. Para esse Colégio, obesidade mórbida significa “toda pessoa com índice de massa corpórea acima de 40”.

 

Segundo Fernandes (2011; p. 31-32) é importante pensar que além da clínica médica os pacientes trazem consigo suas angústias, frustrações; fracassos e incertezas – o que os deixa mais vulneráveis às noções de corpo da vida cotidiana. Existe um confronto com o adoecimento do corpo, que é enfatizado pela psicanálise. Em alguns momentos é necessário o uso medicamentoso e em outros apenas o tratamento por meio da fala.

 

De acordo com minha experiência, a demanda que constituí a clínica contemporânea nos defronta com uma diversidade de queixas que envolvem diretamente o corpo. É importante ressaltar que a influência sociocultural é um dos fatores mais importantes do “culto ao corpo”- as mulheres buscam o corpo perfeito, magro, tornando-se escravas de uma ditadura de beleza que é o corpo idealizado. Esse tipo de “culto à beleza”aumenta o índice de transtornos alimentares e o indivíduo com sobrepeso sofre muito com sua imagem, discriminação e diversos outros fatores que podem contribuir para um isolamento social.

 

É válido lembrar que uma pessoa disposta a fazer uma cirurgia de redução de estômago, por exemplo, faça um acompanhamento não só médico como psicoterápico, de forma que saiba até que ponto determinada demanda é própria ou apenas uma exigência social, pois se forem função deste último, os efeitos depressivos e a dificuldade de identidade consigo mesmo(a) podem ser enormes e devem ser trabalhados com maior rigor.

 

Enquanto psicóloga clínica vejo a obesidade tanto como um fator orgânico que por vezes, pode ter a necessidade de intervenção médica, mas também, esse fator orgânico pode ter um causa psíquica e, se esta não for trabalhada em terapia, apesar do corpo perfeito, tratamento perfeito, tudo irá retornar, pois a causa real e não a fantasiosa e idealizada não foi tratada e a insatisfação da pessoa irá permanecer ainda mais intensa."

  • Facebook Classic

© Copyright 2023 Abordagem Clínica. Orgulhosamente criado por Wix.com

  • Facebook Grunge
  • fcmmg.gif
bottom of page