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DIABETES

   DIABETES MELLITUS (DM) não é uma doença única e sim grupos de distúrbios metabólicos que têm em comum o aumento de açúcar no sangue, caracterizada por defeitos na ação ou secreção da insulina ou de ambas.

  A hiperglicemia crônica está associada frequentemente a disfunções, danos ou insuficiência de vários órgãos, principalmente olhos, rins, coração e vasos sanguíneos. A Diabetes Mellitus atualmente é um dos mais sérios problemas de saúde, tanto em número de pessoas afetadas quanto dos custos envolvidos no seu controle e tratamento.

    Atualmente existem cerca de 120 milhões de diabéticos no Planeta. Classificação: A Diabetes Mellitus tipo 1 representa 5 a 10% dos casos, e predomina em crianças e adolescentes, podendo surgir em qualquer idade, e é caracterizada por deficiência total na produção de insulina. Isso ocorre por uma destruição autoimune, ou seja, nossos próprios anticorpos destroem as nossas células que produzem a insulina (células beta), mas há casos em que não há evidências dessa destruição. Foram identificados alguns auto-anticorpos como marcadores de células beta, sendo os principais: auto-anticorpos antiilhotas (atacam as células pancreáticas), antiinsulina (anticorpo que destroem o hormônio insulina), dentre outros. Esses anticorpos precedem a hiperglicemia por meses a anos, e na ocasião do diagnóstico, estão presentes um ou mais deles.

    Os pacientes de Diabetes Mellitus tipo 1 tem índice de massa corporal  (IMC) normal, mas a presença de obesidade não exclui o diagnóstico. Característica marcante do Diabetes Mellitus tipo 1 é o uso de insulina no tratamento. Já o Diabetes Mellitus tipo 2 aparece após os 40 anos de idade, atinge cerca de 85 a 90% dos casos e a maioria dos pacientes são obesos. Cerca de 70 a 90% dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 tem síndrome metabólica (deficiência de degradar os nutrientes que ingere) caracterizada por fatores que implicam risco cardiovascular alto. Os principais distúrbios que levam ao aumento de açúcar no sangue são a resistência periférica à ação insulínica nas células de gordura e, principalmente nos músculos que compõe o esqueleto, deficiência na liberação de insulina pelo pâncreas e aumento da produção de açúcar pelo fígado.

    O tratamento medicamentoso inicial do Diabetes Mellitus tipo 2 é feito com hipoglicemiantes ou anti-glicemiantes orais. Entretanto, pelo menos 30% vão precisar futuramente da insulina injetável para um melhor controle.

   Os fatores de risco principais para o desenvolvimento do diabetes são obesidade, história familiar, idade, diagnóstico prévio de intolerância à glicose, hipertensão arterial, tabagismo. A diferenciação entre Diabetes Mellitus tipo 1 e Diabetes Mellitus tipo 2 se baseia em dados clínicos e, o diagnóstico se confirma pela dosagem dos auto-anticorpos contra antígenos de células beta.

    A Diabetes Mellitus Gestacional é a principal complicação metabólica da gravidez e definido como qualquer tipo de intolerância à glicose com início ou detecção durante a gravidez. Resulta do efeito hipoglicêmico (baixa de açucar) de vários hormônios com níveis séricos elevados como estrogênio, cortisol e lactogênio placentário. Gestantes com Diabetes Mellitus Gestacional estão sujeitass a complicações obstétricas e possuem risco aumentado de desenvolver DM2, dislipidemia e hipertensão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PÉ DIABÉTICO

 

 

  Termo empregado para nomear alterações e complicações que acometem pés e membros inferiores, em conjunto ou isoladamente. Podendo ser amputado desde um dedo do pé até mesmo acima do joelho. Por isso o cuidado com feridas em diabeticos deve ser redobrado, pois um simples corte no quintal de casa pode levar a perda do membro por inteiro.

   A identificação e classificação do paciente de risco, tratamento precoce, educação individual, familiar e comunitária são importantes para prevenção da amputação de membros.

   Existem diversos sistemas propostos para classificação das feridas:

  • Indolor, sob calos plantares e proeminências ósseas, dor intensa, localizada no pé, calcanhar e perna;

  • Superficial ou profunda; 

  • Infectada ou não infectada;

  • Outro dado importante de ser avaliado são os sítios de feridas por pressão, extensão e causa imediata.

   O exame clínico é o método mais barato e eficaz para diagnosticar a neuropatia. A ADA (Associação Americana de Diabetes) aprova a realização de 5 testes para identificar a perda de proteção. São eles:

  • Teste de quatro sítios na região plantar dos pés (locais onde podemos sentir os ossos sob a pele);

  • Avaliação da sensibilidade vibratória ao encostar um aparelho que produz ondas vibratórias na ponta do hálux, dos dois lados;

  • Sensibilidade de aparelhos pontiagudos: Teste realizado com palito próprio para Diabetes Mellitus;

  • Reflexos do tornozelo: Ausência do reflexo é relacionada a um aumento do risco de feridas por pressão;

  • Teste do limite de percepção vibratória.

   Para avaliação vascular periférica, recomenda-se palpação dos pulsos das artérias do pé e da perna, caracterizando-os em presente e ausente, e para avaliação de infecção, precisa-se de olhar a perda de integridade tecidual com resposta inflamatória (inchaço, dor e aumento de temperatura).

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