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TROMBOSE

A trombose é uma patologia caracterizada pela solidificação do sangue dentro dos vasos sanguíneos ou do coração no individuo vivo. A ativação patológica do processo de coagulação é responsável pela formação dos trombos. Existem três fatores capazes de desencadear a essa ativação patológica, e consequentemente, a Trombose. São elas: (1) Lesão do endotélio (2) alteração do fluxo sanguíneo (3) hipercoagulabilidade do sangue. Estas são chamadas de tríade de Virchow.

Lesão do endotélio

 

A perda endotelial permite o contato direto do sangue com o conjuntivo subendotelial, levando a adesão e agregação plaquetária, e também a redução de fatores anticoagulantes. A perda do endotélio em áreas de infarto do miocárdio leva à formação de trombos dentro das câmaras cardíacas, chamados trombos murais. Perda endotelial pode ocorrer também sobre placas ateroscleróticas ulceradas e em locais de lesão vascular traumática ou inflamatória. Lesões endoteliais que não resultam na perda das células também são capazes de levar à trombose. Essa disfunção das células endoteliais pode ser induzida por diversos fatores, como por exemplo, hipertensão, fluxo sanguíneo turbulento, radiação, toxinas presentes no cigarro.

Alteração do fluxo sanguíneo

 

A) Aceleração do fluxo e turbulência

Aumento da velocidade do sangue modifica o fluxo laminar, levando as plaquetas para a superfície interna dos vasos. A turbulência do fluxo lesa o endotélio, permitindo o contato das plaquetas com a parede vascular. É comum encontrar o fluxo turbulento no aneurisma.

 

B) Estase

Trata-se do retardamento do fluxo, importante na gênese dos trombos venosos. É encontrada a estase em casos de insuficiência cardíaca, dilatação vascular, redução da contração muscular. A estase contribui para a marginação plaquetária e aumenta a permanência de fatores de coagulação ativados no local, resultando na formação dos trombos.

Hipercoagulabilidade

 

Hipercoagulabilidade é qualquer alteração nas vias de coagulação que predispõe à trombose. A hipercoagulabidade pode ser genética ou adquirida. A hipercoagulabilidade genética é a mutação no gene que codifica o fator V, molécula importante na formação do trombo e que não degrada em portadores de mutação. As condições adquiridas são: queimaduras, cirurgias extensas, câncer, pacientes acamados, lesão tecidual, infarto do miocárdio.

 

As consequências clínicas dos trombos são significantes, pois eles causam obstrução de artérias e veias, além de serem fontes de êmbolos. A repercussão da trombose depende do local afetado. Trombos venosos ocorrem nas veias superficiais e profundas das pernas. Os trombos que ocorrem nas veias superficiais desenvolvem-se nas veias safenas em áreas de varizes, esses trombos não embolizam. A trombose venosa profunda nas veias maiores na região do joelho ou a cima deste representa um problema mais sério já que esses trombos embolizam para os pulmões levando um infarto pulmonar.A mais comum forma de trombose arterial é a aterosclerose, pois está associada à perda da integridade endotelial e ao fluxo sanguíneo anormal. A trombose arterial pode embolizar.

 

A coagulação intravascular disseminada (CID ou CIVD) consiste na coagulação do sangue em grande número de pequenos vasos, levando à formação de vários microtrombos. Esta forma de trombose é muito séria e o paciente pode vir óbito por apresentar sangramento profuso em diversos locais. Inúmeros fatores podem desencadear a CID tais como complicação obstétricas, tumores malignos avançados e politraumatismos.

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