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HIPERTENSÃO

 

 

  A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. É uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Em medidas normais, a pressão é em torno de 120/80 mmHg. Individuos que têm tendência de desenvolver doenças cardiovasculares, sejam ela por genética ou por má alimentação têm essas medidas em torno de 140/90 mmHg para cima, podendo chegar a casos de 230/ 180 mmHg. 

  As pressões sanguíneas sistêmica e nos tecidos locais precisam ser mantidas dentro de uma faixa estreita para impedir consequências indesejáveis. Pressões baixas (hipotensão) resultam em nutrição inadequada de órgãos e podem levar a disfunção ou a morte dos tecidos. Inversamente, pressão alta (hipertensão) pode causar dano ao vaso e ao órgão alvo.

  Como a estatura e o peso, a pressão arterial é uma variável distribuída continuamente, e efeitos prejudiciais da pressão arterial aumentam continuamente à medida que a pressão se eleva. Todavia, de acordo com o National Heart,Lung,and Blood Institute dos EUA, uma pressão diastólica mantida a cima de 89mmHg se associam a um aumento mensurável do risco de aterosclerose e, portanto, sente-se que elas representem hipertensão clinicamente significativa.

  Embora tenhamos mais conhecimento sobre as vias moleculares que regulam a pressão arterial normal, continuam desconhecidos os mecanismos que resultam em hipertensão na maioria dos indivíduos. 

  A prevalência e a vulnerabilidade a complicações da hipertensão aumentam com a idade, também são mais altas nos afro americanos. A hipertensão é um dos principais fatores de risco para aterosclerose e esta por trás de numerosas outras doenças. Pode causar entre outras coisas: hipertrofia cardíaca e insuficiência cardíaca, demência por múltiplos infartos, dissecção da aorta e insuficiência renal. Infelizmente, a hipertensão tipicamente continua assintomática ate tarde em sua evolução, e ate as pressões intensamente elevadas podem ficar clinicamente silenciosa por anos. Sem tratamento, aproximadamente metade dos hipertensos morre de doença cardíaca isquêmica (DCI) ou vascular cerebral (AVE). A redução profilática da pressão arterial reduz dramaticamente a incidência e as taxas de óbito por todas as formas patológicas relacionadas com a hipertensão.

 

 

Regulação da pressão arterial normal

 

  Os principais fatores que determinam a variação da pressão arterial dentro de populações e entre elas incluem idade, gênero, índice de massa corporal e dieta, é particularmente o consumo de sódio.

  O debito cardíaco é altamente dependente do volume sanguíneo, ele mesmo grandemente influenciado pela homeostasia do sódio. A resistência vascular periférica é determinada principalmente ao nível das arteríolas e é afetada por fatores neurais e hormonais. O tônus vascular reflete o equilíbrio entre influências vasoconstritoras humorais e vasodilatadoras humorais. Os vasos de resistência também exibem auto regulação, por meio da qual o aumento do fluxo sanguíneo induz vasoconstrição para proteger o tecido da hiperfusão.

  Os rins desempenham importante papel na regulação da pressão arterial:

  • O rim também produz varias substâncias relaxantes vasculares ou anti-hipertensivas, que presumivelmente contrabalançam os efeitos vasopressores da angiotensina.

  • Quando se reduz o volume sanguíneo à taxa de filtração cai, levando a aumento da reabsorção de sódio pelos, assim conservando sódio e expandindo o volume sanguíneo.

  Por isso a grande importância de hipertensos ingerir muita água, para diminuir a concentração de sódio no sangue.

 

 

Mecanismo da Hipertensão Essencial

 

  Os fatores genéticos desempenham um papel definitivo na determinação dos níveis de pressão arterial, vários transtornos por um único gene causam formas relativamente raras de hipertensão (e hipotensão), alterando a reabsorção liquida de sódio no rim. A importância do balanço de sódio é enfatizada quando se considera que os rins filtram 170 litros de plasma e 99% do sódio é reabsorvido no rim em uma dieta normal.

  Variações hereditárias da pressão arterial também podem depender dos efeitos cumulativos de polimorfismos (é uma variação fenotípica que pode ser separadas em classes distintas e bem definidas) em vários genes que afetam a pressão arterial. Por exemplo, a predisposição a hipertensão essencial foi associada a variações nos genes que codificam os hormônios que agem nos rins e nos vasos sanguineos: há uma associação a hipertensão com polimorfismos no locus do angiostensinogênico (hormônio) e no locus do receptor de angiotensina (hormônio). Variantes genéticas nesse sistema podem contribuir para as conhecidas diferenças raciais na regulação da pressão arterial.

  A redução da excreção de sódio na presença de pressão arterial normal pode ser um evento chave iniciante na hipertensão essencial e na verdade uma via final comum para a patogenia a hipertensão. A diminuição da excreção de sódio pode levar sequencialmente a um aumento no volume de liquido a aumento do debito cardíaco e a vasoconstricao periférica elevando assim a pressão arterial. No ajuste mais alto da pressão arterial, seria excretando sódio adicional suficiente pelos rins para igualar o consumo e impedir maior retenção hídrica. Desse modo um estado alterado, mas de equilíbrio, da excreção de sódio seria atingido, mas a custa de um aumento da pressão arterial.

  Resumindo, a hipertensão essencial é um transtorno complexo e multifatorial. Embora distúrbios genéticos simples possam ser responsáveis pela hipertensão em casos raros, é improvável que tais mutações sejam uma causa importante da hipertensão essencial. É mais provável que a hipertensão decorra de interações de mutações ou de polimorfos. A hipertensão exige a participação do rim que normalmente responde a hipertensão eliminando sal e água. São atualmente desconhecidos os genes para a hipertensão essencial, mas bem podem incluir genes que governem respostas a um aumento da carga de sódio renal, aos níveis de substancias pressoras, a reatividade da célula dos vasos aos vasoconstritores ou ao crescimento das células musculares das vísceras. Na hipertensão estabelecida, o aumento do volume sanguíneo e o aumento da resistência periférica contribuem para o aumento da pressão.

 

 

Patologia vascular na Hipertensão

 

 

  A hipertensão não apenas acelera a formação de placas de gordura nos vasos, mas também causa alterações degenerativas nas paredes das grandes e médias artérias, o que pode levar a dissecção da aorta e a hemorragia cerebrovascular. Por isso a importância de ter uma dieta balanceada com níveis normais de sódio e gorduras, e sempre manter uma hidratação constante.

 

 

 

 

 

 

 

 

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